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06/02/2011

LINDA DE COMER

As frutas raras sempre foram iguarias restritas a viveiros ou coleções particulares. Mas essa situação está prestes a mudar. A produção de frutas pouco conhecidas no Brasil vive um momento de euforia, segundo a Associação Brasileira de Frutas Raras. São mais de 30 espécies nativas e pelo menos dez importadas que em breve chegarão ao mercado.

Algumas têm formas exóticas e sabores surpreendentes, como a pitaia, de polpa branca, rosada ou bem vermelha. Com sabor doce e refrescante e tamanho aproximado de uma laranja, ela é oferecida em restaurantes chiques como sobremesa. A pitaia é nativa do México, mas já está adaptada ao solo brasileiro. Custa caro (R$ 10 a unidade), mas esse preço deverá diminuir à medida que a produção ganhar escala.

O ubajaí, uma fruta amarelada da Mata Atlântica brasileira, tem o sabor parecido com o da cebola e vem sendo usado em restaurantes para temperar carnes. Só não é mais popular porque o pé pode demorar até dez anos para frutificar pela primeira vez.

Uma fruta autenticamente brasileira da nova safra é a uvaia. De polpa doce, casca fina e quatro vezes mais vitamina C que uma laranja, ela é bem versátil. Gostosa de comer in natura, dela também são feitos licor, geleia e doce. O problema: ela oxida rapidamente e não resiste a transportes de longa distância. Por isso ainda é rara em feiras e mercados. É uma fruta para comer no pé.

Embora bonitas e com características atrativas, a uvaia e o ubajaí ainda não estão no topo da lista dos produtores. “As mais doces e com boa parte do fruto comestível têm mais chance de se dar bem”, diz Sergio Sartori, presidente da Associação Brasileira de Frutas Raras. “Aquelas com muita casca, caroço grande e polpa pequena, em geral, vão para o fim da fila”, afirma. Sartori é um médico que tem em seu pomar de 30 hectares a maior coleção de frutas raras nativas e originárias do exterior. É lá que os agrônomos vão buscar informações e amostras de espécimes com potencial de mercado. Veja mais aqui

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