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12/06/2011

"Meu maior segredo de beleza é a genética. Tenho uma mãe muito bonita", diz Catherine Deneuve, no Brasil para divulgar seu novo filme

Fonte: Revista Marie Claire

Você conseguiria imaginar que Catherine Deneuve, uma das grandes divas do cinema, filmes de Truffaut, Luis Buñuel e Lars von Trier, entre outros importantes diretores, no currículo, poderia declarar que sim, já sentiu-se uma mulher-objeto? "Todo mundo acaba sendo um objeto alguma vez na vida, estando ao lado de alguém a quem não se pode manifestar suas opiniões. Isso pode acontecer inclusive com os homens", disse. Ela, que foi casada com o fotógrafo inglês David Bailey e namorou Marcello Mastroianni, só não contou ao lado de quem isso aconteceu, mas não se incomodou ao fazer a direta revelação, nesta quarta-feira (8), em São Paulo, durante entrevista para divulgar seu mais recente trabalho, "Potiche: esposa troféu".

O filme, dirigido por François Ozon (de "8 Mulheres", também com Catherine no elenco), faz parte da 2ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, em cartaz até o dia 16 de junho em 22 cidades brasileiras. A mostra reúne dez filmes franceses inéditos com atrizes como Deneuve, Audrey Tatou e Sandrine Bonnaire, homenageada pelo evento com uma retrospectiva de seu trabalho.

Leia mais: "estou mais à vontade. Sou uma mulher, uma mãe e uma atriz melhor", diz Katie Holmes em entrevista a Marie Claire

No longa de Ozon, madame Catherine é Suzanne Pujol, a esposa de funções meramente decorativas de Robert Pujol, marido machista e contaminado por ideias reacionárias, explícitas especialmente em sua maneira de dirigir a fábrica de guarda-chuvas fundada por seu sogro. Ao menos, é assim que podemos apresentar Suzanne até o momento em que seu marido adoece e os operários da fábrica ameaçam uma grande greve.

A partir daí, ela, para a surpresa de todos, acaba assumindo o comando do negócio. O que vemos a seguir é o desenrolar de um enredo cheio de reviravoltas que atingem principalmente sua família e repleto de espirituosos diálogos, como quando Suzanne justifica a inaquedada escolha por usar suas melhores joias ao ir ao encontro dos furiosos operários: "eu as tenho graças ao trabalho deles. É justo compartilhar", diz, levando os espectadores a boas risadas. A história passa-se no fim dos anos 70, quando as mulheres estavam entrando no mercado de trabalho, e a fita pode ser considerada um divertido manifesto feminista.

Em sua passagem pelo Brasil, Catherine Deneuve falou ainda sobre seu reencontro com Gérard Depardieu nas telas (ele também está no elenco de "Potiche") - "foi uma alegria. A cena em que dançamos na discoteca é comovente" - e a relação com a filha, Chiara Mastroianni, que considera ótima. "Não sou sua melhor amiga, mas ela tem confiança em mim e passamos muito tempo juntas. Quase não temos conflitos".

Linda aos 67 anos e dona de uma franqueza ímpar, a atriz foi novamente bem direta ao contar seus cuidados com a beleza: "meu maior segredo é a genética. Tenho sorte de ter uma mãe que, embora idosa, continua muito bonita. Mas também me protego do sol, tomo bastante água e como legumes cozidos. Só não deixo minha vida se restringir a isso", afirmou, entre um trago e outro - sem pudores, Catherine fumou dois cigarros durante a pouco mais de meia hora em que esteve com os jornalistas em um hotel da capital paulista, cidade adepta da lei antifumo, que proíbe o ato em ambientes fechados. Coisas de diva.

A programação completa do Festival Varilux de Cinema Francês está aqui. "Potiche: esposa troféu" entrará em cartaz em circuito comercial no dia 24 de junho.

Abaixo, o trailer do filme:

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É, a Dona Mãe plástica...né?

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